O que é deepfake?

Fique atento a técnica de IA que troca rostos e manipula áudios

08/10/2024 9 min.

Provavelmente você já viu um conteúdo criado por inteligência artificial, mas você sabe qual a diferença entre ele e o que é deepfake?

Os recursos tecnológicos estão cada vez mais presentes e acessíveis em nossa rotina, mas, infelizmente, nem sempre eles são usados para o bem e é aí que entra o tal do deepfake.

Imagine você receber uma imagem sua em um lugar onde nunca esteve? Ou quem sabe ouvir a sua voz dizendo coisas que você, na verdade, jamais diria?

É isso que o deepfake faz: manipula imagens e sons para gerar conteúdo falso, mas de uma forma tão desenvolvida, que, às vezes, fica até difícil acreditar que não seja real.

Por isso, neste post você vai conferir:

O que é deepfake?
Conheça os tipos de deepfake
Quais os riscos de deepfake
Como identificar uma deepfake
O que fazer diante de uma deepfake?

Vamos nessa?

O que é deepfake?

Deepfake é uma técnica de inteligência artificial usada para criar vídeos, imagens e áudios falsos, porém, muitos parecidos com a realidade.

O termo deepfake é uma combinação das palavras, em inglês, “deep learning” (aprendizado profundo) com “fake” (falso). Na prática, algoritmos avançados, por meio de aplicativos, conseguem desenvolver conteúdos que imitam a aparência e até a voz de uma pessoa.

Com o deepfake, por exemplo, é possível criar um vídeo de alguém dizendo coisas que nunca foram ditas por ela.

Também é possível projetar a imagem dela em lugares onde ela nunca esteve.

Mas atenção, essa técnica só é chamada de deepfake quando usada ilegalmente, levantando questões éticas e de segurança.

No entanto, a mesma tecnologia tem aplicações legítimas e criativas, quando inseridas em filmes e jogos.

Conheça os tipos de deepfake

Existem vários tipos de deepfakes e cada um usa uma técnica e uma tecnologia para criar o conteúdo falso. Entre os tipos mais comuns, estão os abaixo:

  • Deepfake de vídeo: é a forma mais conhecida de falsificação e implica na troca de rostos ou manipulação de expressões faciais em vídeos. Essa técnica cria a ilusão de que a pessoa está dizendo ou até fazendo algo que não é real;
  • Deepfake de áudio: nesta técnica, primeiro o programa faz uma análise da voz de uma pessoa e depois reproduz a mesma voz, criando gravações de áudio de palavras ou frases que nunca foram pronunciadas;
  • Deepfake de imagem: a manipulação de imagem pode trocar o rosto das pessoas em uma foto, recortar a foto para incluir em situações, contextos ou cenários diferentes do real ou até criar imagens, a partir de características da foto original;
  • Deepfake de texto: com essa técnica, é possível gerar textos que imitam o estilo de escrita de uma pessoa. Esses novos textos podem ser enviados por mensagens ou e-mails com pedidos inusitados ou até publicados nas redes sociais;
  • Deepfake de realidade aumentada ou em tempo real: com uma tecnologia muito mais avançada que as usadas acima, neste tipo de deepfake, manipula-se o rosto ou elementos de uma imagem em tempo real e até mesmo durante uma transmissão ao vivo, tornando mais difícil a identificação do que é original ou alterado.

Como vimos, existem vários tipos de falsificações por aí. Então, fique atento!

Quais os riscos da deepfake?

As deepfakes estão associadas a diversas situações que representam uma ameaça aos usuários e, dependendo do contexto, podem ser consideradas ilegais.

A seguir, conheça os principais riscos da prática:

1 – Desinformação: deepfakes podem ser usadas para criar áudios ou vídeos falsos de figuras públicas, espalhando informações falsas. Essa atitude manipula e influencia a opinião pública;

2 – Fraudes: ao imitar a voz de uma pessoa, é possível enganar familiares e amigos, e pedir a transferência de dinheiro, pagamentos bancários ou solicitar Pix, por exemplo;

3 – Danos à reputação: vídeos ou áudios falsos podem ser comprometedores e até difamar a reputação das pessoas. Além do que, violam a privacidade do indivíduo.

São diversos os prejuízos das deepfakes, tanto para pessoas quanto instituições e governos.

E o deepfake continua a evoluir. Se antes os vídeos eram de baixa qualidade e fácil de encontrar erros, hoje eles são o retrato mais próximo da realidade. Por isso, é preciso ficar atento ao tema e sempre se atualizar quanto a esse assunto.

Como identificar uma deepfake

Ao receber um vídeo ou áudio duvidoso, assista novamente o conteúdo para identificar sinais de deepfake, entre eles:

  • movimentos bruscos;
  • lábios mal sincronizados com a fala;
  • olhos sem piscar ou piscando de forma irregular;
  • mudanças bruscas na imagem;
  • iluminação ou tom da pele diferentes.

O que fazer diante de uma deepfake?

Quando receber um conteúdo falso, jamais compartilhe.

Utilize os canais de denúncias das plataformas online para denunciar. YouTube, Facebook, WhatsApp, cada rede social tem instruções específicas para que você possa reportar conteúdos falsos ou prejudiciais.

Gostou das dicas?

Aproveite este conteúdo legítimo e compartilhe com os seus amigos e amigas.

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